Belém do Pará descobriu a Matemática na década de 50 dos anos 1600: no Curso de Filosofia do Colégio Pará, fundado nas dependências de Santo Alexandre, poucos anos depois da fundação da cidade (que aconteceu em 1616), a disciplina “Elementos de Geometria”, aparece ao lado de Latim, Retórica, Física, Teologia e Filosofia Racional – conforme conta o professor José Maria Bassalo. No século seguinte, com a laicização do ensino promovida pelo Marquês de Pombal (na década de 50 dos anos 1700), surge em Belém a Escola de Matemática, destinada a instruir a Artilharia Real e a Engenharia Militar, que, conforme conta Ernesto Cruz, ficava no largo do Palácio – o local, hoje, abriga o Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Quase cem anos se passaram até que fossem fundados, em 1836 e 1841, a Escola Normal e o Lyceu Paraense – hoje Instituto de Educação do Pará e Colégio Estadual Paes de Carvalho – instituindo o ensino público de Matemática. Nesses cem anos, quem ensinava Matemática nas 33 escolas existentes em toda a Região Norte eram os lentes (assim se chamavam os professores) oriundos das Escolas Régias, pelo sistema de decuriato – o professor ensinava um grupo de 10 alunos que por seu turno ensinavam mais dez, cada um. Foram-se mais cem anos; na década de 30 dos anos 1900 criaram-se as primeiras Universidades brasileiras. E, na década de 60 desses anos surgia o Núcleo de Física e Matemática na ainda embrionária Universidade Federal do Pará. A Comissão Organizadora do Colóquio aproveita o espaço para trazer à memória duas personalidades de grande destaque entre os matemáticos paraenses:
Visitas relacionadas: - Igreja de Santo Alexandre - Praça D. Pedro II, onde se encontram os palácios Lauro Sodré e Antonio Lemos - Instituto Histórico e Geográfico do Pará; - Praça da República e Instituto de Educação do Pará, este em art-nouveau, centro de Belém - Praça da Bandeira e Colégio Estadual Paes de Carvalho, em arquitetura neoclássica, bairro do Comércio |
"Para o pensador, não se aprendem apenas idéias ou fatos mas também atitudes." (Anísio Teixeira)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
A História da Matemática no Pará
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