"Para o pensador, não se aprendem apenas idéias ou fatos mas também atitudes." (Anísio Teixeira)

domingo, 30 de outubro de 2011

A vitamina do Banho de sol

Sol na medida certa previne doenças

O sol é taxado como um vilão para a saúde e de fato é perigoso, quando tem ação prolongada sobre a pele pode levar ao temido câncer de pele. O que não se pode confundir é um Banho de sol de qualidade com uma insolação.

O que mais se ouve por aí é que para manter a saúde corporal é preciso manter uma dieta balanceada, fazer muito exercício físico, ingerir somente alimentos saudáveis, todos estes requisitos fazem parte do processo, mas não são suficientes para se alcançar a vitalidade. Pelo contrário, o que estamos sugerindo neste contexto não diz respeito a sacrifício algum, como passar fome, resistir a doces, ficar exausto de malhar, bastariam apenas 15 minutos diários de uma prazerosa tarefa: vestir uma roupa de banho e curtir o sol a beira de uma piscina!

Mas o que tem de tão especial nesta ação? Trata-se da vitamina presente nos raios solares que está envolvida em diversas funções corporais, como a atividade imunológica, fortalecimento de ossos, desenvolvimento embrionário, inibidor de câncer, entre outras. Estamos falando da vitamina D, ela se faz presente também em alimentos como o salmão, por exemplo, nesta forma fica difícil seu consumo, já que ninguém come este peixe todo dia. Mas no caso do sol, a vitamina é gratuita e está disponível diariamente para quem quiser.

A seguir, como é ativada a vitamina D no organismo:

As partículas de colesterol presentes nos alimentos que ingerimos são usadas para fabricar o composto 7- dehidrocolesterol, uma vez presente em nosso organismo este composto se desloca para a camada externa de nossa pele (a epiderme). Ao recebermos a radiação solar, mais precisamente os raios ultravioletas do tipo B (UVB) que penetram na pele, a molécula de 7- dehidrocolesterol passa por várias transformações químicas e dá origem à vitamina D.

Para o tempo não ser uma desculpa para se isentar da vitamina D, procure realizar tarefas diárias, como ler o Jornal sentado ao sol. A roupa de banho é ideal, porque o recomendável seria deixar cerca de 30 % do corpo exposto, só não se esqueça do protetor solar.

Não dificulte a sua longevidade, divirta-se no verão: tome aquele sol vitaminado! Invista em sua saúde além de manter aquele maravilhoso bronzeado dourado.

Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
Veja mais! Protetor solar em ação Como o protetor age sobre a pele e quais seus benefícios.


 

A morte do sol

    Imagem da estrutura solar em raio – X.

Se acordássemos um dia e não existisse mais o astro que alegra nossas manhãs? Todos sabem que o Sol não tem a função só de deixar nosso dia mais bonito, iluminado e aquecido, ele cumpre com papéis vitais para nós seres humanos e também para as plantas e animais. Ele participa do processo de fotossíntese dos vegetais e sem esses seria difícil sobreviver, uma vez que nossa alimentação ficaria comprometida.

O que vamos supor neste contexto pode assustar, mas está baseado em estudos científicos. A morte do sol está prevista para daqui a uns 7 bilhões de anos, parece distante, contudo é um processo muito longo que já teve início. É assim, aos poucos, que o astro solar vai perdendo vida, veja como seria este lento processo:

Primeiro, é preciso saber como o sol (esfera gasosa) gera luz e calor, a chamada fusão nuclear. Ela se inicia pela combinação entre átomos de Hidrogênio para criar Hélio e emitir energia na forma de iluminação e aquecimento. Mas será que essa reação (que não tem data de início) nunca terá fim? Este é o ponto de discussão entre os estudiosos, segundo eles, vai chegar um momento em que o gás Hélio será dominante e o Hidrogênio será eliminado do núcleo solar, desta forma não ocorrerá mais a fusão. O gás Hélio já produzido também será consumido e em poucos milhões de anos ficará extinto no núcleo solar, e então acontecerá o fim trágico do sol: ficará reduzido a uma estrela anã, sem brilho e sem vida.

Mesmo se o sol sumisse de repente, seriam necessários alguns dias para começarmos a sentir os efeitos mais drásticos. No primeiro momento ficaríamos no escuro e somente após uma semana a Terra começaria a gelar. Essa suposição está baseada na quantidade de calor já acumulada na crosta Terrestre, falando de uma forma pejorativa, seria uma reserva de energia para “situações de emergência”.

Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola

 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Abstenção do Enem custa R$ 61,2 mi


Após o segundo dia do Enem, na tarde de ontem, a estudante paulistana Gisele Spatuzzi, de 17 anos, estava feliz com seu desempenho - só não sabia exatamente o que fazer, agora, com a nota. “O Enem serve pra tantas coisas, quero ver no que posso me dar bem.” A dúvida se repetia entre alguns inscritos, por causa de uma prova que tem nome e função de avaliação do ensino, mas também serve como vestibular e é critério de bolsa de estudo.
O modelo híbrido do Enem alavanca o número de interessados em realizar a prova - neste ano, chegou-se a um número recorde de 5 3 milhões - mas resulta em um preço alto para a organização e aplicação. A abstenção em 2011 foi menor que a do ano passado, entretanto ainda representa mais de um quarto dos inscritos. Segundo o Ministério da Educação, 26,4% dos candidatos faltaram - como comparação, esse índice fica em torno de 6 % a 8% em um vestibular como o da Fuvest.
O custo com os faltosos este ano foi de R$ 61,2 milhões - quando calculado um valor de R$ 45 por aluno inscrito. O governo cobra R$ 35 para o aluno fazer a prova, mas 71% são isentos. O contrato de aplicação do Enem teve aumento de 190% em um ano: saltou de R$ 128,5 milhões, em 2010, para R$ 372,5 milhões. (AE)

Prêmio José Leite Lopes de Melhor Tese de Doutoramento de 2010

Concorreram ao prêmio doze (12) trabalhos de diferentes áreas da Física, cujas teses foram defendidas no período de 2009-2010.
A Comissão Científica outorgou o Prêmio de 2010 ao Dr. Olexander Zhydenko (USP) com a tese intitulada "Perturbações lineares de buracos negros: estabilidade, modos quase-normais e caudas", orientada pelo Prof. Elcio Abdalla

Receberam Menções Honoríficas:

Dr. Alejo Salles (UFRJ) com a tese "Emaranhamento Quântico: Detecção, Dinâmica e Não-Localidade", orientada pelo Prof. Ruynet Lima de Matos Neto

Dr. Alexandre Dodonov (UFSCAR) com a tese "Medições destrutivas e não-destrutivas em campos eletromagnéticos e processos não estacionários em Eletrodinâmica Quântica de circuitos"”, orientada pelo Prof. Salomon Sylvain Mizrahi.

São Paulo, 17 de outubro de 2010.

Comissão Científica do Prêmio Professor José Leite Lopes de Melhor Tese de Doutoramento.
Livio Amaral (Presidente)
Dionísio Bazeia
José Wellington Tabosa
Ronald Dickmann
Rubem Sommer

Astrofísica desvenda mistérios das primeiras estrelas


Descoberta de pesquisadora brasileira Beatriz Barbuy serviu de base para definir algumas das características dos astros primordiais do Universo, há muito destruídos 



 


Beatriz Leonor Silveira Barbuy está há bastante tempo focada no estudo de aglomerados globulares – algumas das estruturas mais antigas da Via Láctea, compostas majoritariamente por estrelas muito velhas, formadas há cerca de 12 bilhões de anos (para efeito de comparação, estima-se que o Universo tenha 13,7 bilhões de anos). Mas em 2009, mesmo ano em que foi agraciada com o prêmio “L’ORÉAL-UNESCO 2009 para Mulheres na Ciência”, a professora titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) fez uma descoberta surpreendente.

Barbuy encontrou um excesso de certos elementos (lantânio e bário) em estrelas do aglomerado globular NGC 6522, situado no bojo da nossa galáxia. Como o Universo era muito novo quando as estrelas desse aglomerado se formaram, não teria havido tempo suficiente para que esses elementos pesados e em excesso fossem produzidos no coração das primeiras estrelas do Universo – uma geração anterior à das componentes do aglomerado – e então semeados pela explosão de supernovas. Isso de acordo com a teoria “tradicional”.




sábado, 22 de outubro de 2011

Curso traz a Belém o físico Mohan Munasinghe

Questões relacionadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável serão a base do curso que será promovido em Belém a partir da próxima segunda-feira (24) pelo economista e físico Mohan Munasinghe, um dos mais conceituados intelectuais na área de desenvolvimento sustentável, Prêmio Nobel da Paz em 2007. A iniciativa do curso, que segue até sexta (28) no Centro de Convenções da Universidade Federal do Pará (UFPA), é do Instituto Tecnológico Vale (ITV), instituição sem fins lucrativos, vinculada à Vale, cuja missão é criar opções de futuro por meio de pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologia.
Munasinghe é presidente do Instituto para o Desenvolvimento Munasinghe (Sri Lanka) e diretor geral do Instituto Consumo Sustentável na Universidade de Manchester (Reino Unido). Em 2007, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), do qual era vice-presidente, dividiu o Prêmio Nobel da Paz com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. O paraense Luiz Carlos de Lima Silveira, diretor científico do ITV Belém, diz que a meta principal do curso é a formação de Recursos Humanos na área de desenvolvimento sustentável. A atividade recebeu um grande número de inscrições, mas apenas 40 pessoas foram selecionadas: 20 das universidades e 20 das várias áreas da Vale.
O curso discutirá o desenvolvimento de uma base transdisciplinar chamada “sustenômica” e abordará métodos analíticos e critérios de tomada de decisão para tornar o desenvolvimento econômico, ambiental e socialmente mais sustentável.
“Queremos formar profissionais na área de sustentabilidade capazes de tomar decisões a partir da visão multidisciplinar e foco no equilíbrio entre os diversos aspectos do desenvolvimento”, explica Luiz Silveira. Haverá ainda uma palestra proferida pelo cientista na quarta-feira, aberta ao público em geral e com tradução simultânea. Será realizada às 15h, no auditório Benedito Nunes, no Centro de Convenções da UFPA. (Diário do Pará)

Enem: grande dia para 239 mil estudantes

É na tarde de hoje que os cerca de seis milhões de estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o Brasil começam a avaliar os conhecimentos obtidos no Ensino Médio. A poucas horas da primeira parte do exame, o momento é de preparação e atenção para as orientações sobre horário e material necessário para a prova.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), esta edição da prova vai ser realizada por 239 mil estudantes só no Pará. Preocupada em não perder o foco, desde a manhã de ontem, a estudante Rilciane dos Reis já estava com tudo preparado. As canetas de tinta preta e com corpo transparente, único tipo permitido durante o exame, já estavam separadas em um local específico junto ao seu cartão de inscrição e a carteira de identidade.
O café da manhã também havia sido pensado estrategicamente para garantir o bem estar no momento da prova. “Eu quero dormir até mais tarde e tomar um café reforçado antes de ir para a prova”, conta. “Fiz tudo com antecedência para não passar sufoco na hora. A gente se preparou o ano todo e não pode perder o foco em cima da hora”.
Ainda na tarde de ontem, Rilciane foi ao colégio onde estuda, para participar da última revisão para o Enem. Porém, no dia da prova, para ela, o melhor é preparar o psicológico. “A ideia é descansar muito para valer todo o trabalho feito durante o ano. Agora é só esperar a hora de ir para a prova”.
A orientação foi passada pelos professores conforme a data do exame ia se aproximando. Segundo a coordenadora do convênio da escola onde Rilciane estuda, Rafaella Franco, o conteúdo terminou de ser repassado aos alunos ainda no meio do ano. “Em junho terminamos o conteúdo e desde agosto estamos fazendo revisão. Nós treinamos o aluno para fazer o Enem desde janeiro com as avaliações no estilo do Enem”, afirma. “Agora o que se tem que trabalhar é mais a parte psicológica para que se possa transmitir segurança ao aluno de que ele está preparado”.
Quem também se preocupou em não deixar as coisas para a última hora foi a dona de casa, Rosenilde Rodrigues. Na manhã de ontem, ao passar pela avenida Magalhães Barata, ela aproveitou para comprar as canetas que seriam utilizadas por dois de seus filhos e pelo marido na tarde de hoje. “Quis deixar tudo garantido para amanhã (hoje). Eu já tinha procurado perto da minha casa, mas não tinha achado”.
Atenta para o modelo de prova utilizado pelo Enem, a professora de língua portuguesa e redação, Eliana Silva, orienta que o candidato preste atenção ao enunciado das questões. “As disciplinas são agrupadas no que chamados de transversalidade, quando as disciplinas são abordadas e, nesse sentido, o comando da questão é crucial”, orienta. “Se o aluno não for bem orientado quanto ao comando, ele pode ficar perdido e não saber o que estão perguntando”.
Segundo ela, essa confusão pode ser causada pela característica da prova do Enem de abordar diferentes disciplinas que se complementam em um único enunciado. “O aluno tem que identificar qual é o foco da pergunta. Todas as alternativas apresentadas são aplicáveis ao que o texto fala, mas só uma atende à pergunta”, afirma. “A pergunta direciona à resposta certa”.
A professora também orienta sobre os cuidados com a redação. “A redação cobrada é dissertativa-argumentativa. Então está focada na linha da persuasão, onde o candidato tem que provar um ponto de vista”, alerta. “Geralmente as redações do Enem pedem ações que o candidato possa sugerir para solucionar o problema social apresentado”.
HORÁRIO
Para os cerca de 1,9 milhão de candidatos que farão prova na Região Nordeste e para os cerca de 600 mil que participarão do exame na Região Norte, a preocupação com o horário deve ser redobrada. Apesar das regiões não estarem incluídas no horário de verão, o horário de realização da prova do Enem será afetado, já que o horário de fechamento dos portões está de acordo com o horário oficial de Brasília.
O diretor de ensino médio e educação profissional da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), José Roberto Alves, confirma que, no Estado do Pará, a prova será realizada uma hora mais cedo do que seu horário oficial de realização. “Conforme orientação do próprio edital, onde não tem horário de verão, tem que ser respeitado o horário de Brasília”, afirma. “Os portões fecharão às 12h”. (Diário do Pará)